sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Descarte de cascas e polpas de laranja cria 'milagre verde' e recupera floresta tropical

Em meados dos anos 90, mais de mil caminhões despejaram doze mil toneladas de resíduos de laranja em pastagens áridas na Reserva Guanacaste, na Costa Rica. O descarte "nutritivo" atraiu as moscas, acelerando a recuperação do local.
Foto: Daniel Janzen e Winnie Hallwachs / BBC News Brasil

Embora “sujar” uma floresta pareça ser uma solução ineficaz para ajudar o meio ambiente, foi exatamente o que aconteceu na Costa Rica.

Mais de mil caminhões jogaram 12 mil toneladas de cascas e polpas de laranja em pastagens áridas na Reserva Guanacaste no norte do país em meados dos anos 90.

Mais de vinte anos depois, algo inesperado aconteceu.

Em 2013, um grupo de cientistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, voltou à região e constatou um aumento de 176% na biomassa.

Uma área de três hectares, ou quase 13 campos de futebol, se transformou em uma vibrante floresta tropical.

Experimento revolucionário
Mas como isso aconteceu? Na verdade, tudo isso fez parte de um experimento inovador para preservar o meio ambiente que acabou abruptamente.

Em 1996, os professores Daniel Janzen e Winnie Hallwachs, que também eram consultores das autoridades ambientais da Costa Rica, entraram em contato com uma empresa de sucos Del Oro. A empresa tinha uma fábrica de processamento perto da Reserva Guanacaste.

Montagem de fotos feita por Janzen e Hallwachs mostra recuperação da Reserva Guanacaste -
Foto: Daniel Janzen and Winnie Hallwachs / BBC News Brasil

No entanto, como isso ocorreu? Na verdade, tudo isso faz parte de um experimento inventivo para salvar o meio ambiente que terminou bruscamente.

Os professores Daniel Janzen e Winnie Hallwachs, que também foram consultores das autoridades ambientais da Costa Rica, entraram em contato com uma empresa de sucos Del Oro em 1996. A empresa tinha uma fábrica de processamento próxima à Reserva Guanacaste.

Resultado impressionante
O uso de resíduos de laranja como fertilizante foi treinado comparando terras tratadas e não tratadas.

Esses “depósitos de lixo orgânico” melhoraram o solo, as espécies de árvores e a cobertura florestal da região, além de aumentar a quantidade de biomassa. Por fim, o ambiente tornou-se mais verdejante.

Como resultado, a recuperação de florestas ameaçadas com o uso de resíduos de laranja foi mais barata e eficaz.

Apesar do sucesso, o Projeto Guanacaste foi encerrado inesperadamente alguns anos depois de começar.

Em 1998, uma parceria entre Del Oro e ACG foi contestada pela TicoFrut, uma rival de sucos.

Del Oro foi acusado de “profanar” um parque nacional pelo rival. Em 2000, o Supremo Tribunal da Costa Rica declarou ilegal o contrato firmado por Del Oro e o Ministério do Meio Ambiente e Energia.

Frustração
A suposição de Janzen e Hallwachs foi confirmada, mas uma iniciativa nunca apresentou um "sabor de vitória".

O projeto deu aos cientistas americanos uma oportunidade de desenvolver resiliência em toda a floresta tropical.

Janzen disse à BBC que planejava evitar incêndios por meio de uma rede de bolsas de floresta jovem de hectares.

De acordo com estudos de amostras de solo, apenas dois anos depois do início da iniciativa, os resíduos de laranja melhoraram significativamente o solo.

Janzen observa: "Hoje, o local é ocupado por uma floresta jovem muito saudável, enquanto as áreas que não receberam o descarte são as mesmas pastagens antigas sem vida que existem há mais de um século."

'Orgia de moscas'
Como o experimento foi executado corretamente? Uma "orgia de moscas" foi responsável pela recuperação da floresta, diz o cientista de Princeton Timothy Treuer, que conduziu uma expedição em 2013.

"Os resíduos orgânicos podem resolver muitos desses problemas ao mesmo tempo, impedindo o crescimento de ervas orgânicas e enriquecendo o solo, à medida que servem de alimento a moscas de frutas nativas e microorganismos que saem das florestas locais por causa do odor", explica à BBC.

'Sabor amargo'
Foto: Daniel Janzen e Winnie Hallwachs / BBC News Brasil

Ao menos em termos científicos, o processo é simples. Também é barato. O princípio é o seguinte : encontre um fluxo de resíduos orgânicos ricos em nutrientes, busque terras degradadas em que a recuperação da floresta está sendo atravancada por vegetação invasiva ou condições solo degradadas, e combine os dois.

A recuperação de florestas tropicais geralmente resulta em despesas significativas. A agricultura e outros locais tropicais geralmente produzem uma grande quantidade de subprodutos nutritivos ou, em alguns casos, desabilitam grandes investimentos para serem descartados.

No entanto, o conflito legal deixou uma impressão desconfortável.

Janzen não está confiante sobre o legado do experimento.

Ele afirmou que “qualquer projeto pode ser técnico sólido, mas destruído pelos desejos deste ou desse elemento social”.

No geral, podemos encontrar soluções para problemas técnicos naturais.  O maior problema para o reflorestamento é encontrar uma sociedade que queira ajudá-lo. Lembre-se de que tudo falhou devido a uma disputa legal e corporativa.  Essa decisão deve ser revogada para permitir que a floresta se recupere.
Vegetação cobriu área antes sem vida. Foto: Getty Images / BBC News Brasil





quinta-feira, 11 de abril de 2019

Lugar ao Sol (Energia Solar)

A energia solar é uma fonte de energia renovável que gera energia sem causar danos à natureza. Como uma fonte renovável, a energia solar produz muito calor e luz, tornando-se uma das fontes de energia mais aproveitáveis ​​e promissoras do mundo.

terça-feira, 12 de março de 2019

Geração eólica cresceu 45%/ano na última década, no Brasil

Ainda há ventos desenvolvidos no Brasil, de acordo com um relatório do BTG Pactual sobre fontes renováveis. Nos últimos dez anos, a geração de energia eólica aumentou significativamente. Foi de menos de 400 MW em 2008 para quase 14.000 MW em 2018. que representa um aumento médio de 45% ao ano.

No entanto, mesmo que essa alta taxa de crescimento seja mantida, avançamos ainda 45 anos para atingir o potencial total estimado do país na área. Isso se deve ao fato de que o relatório examina apenas o potencial eólico na terra, excluindo o potencial de ventos offshore, que ocorrem sobre as águas do território nacional, o que aumenta

No final do ano passado, a participação da fonte na matriz elétrica do país subiu de 0,3% para 9%. O último Plano Decenal da EPE projeta adicionar 5.000 MW adicionais até 2026. O BTG projeta mais 30.000 MW até 2027.

Até agora, as plantas eólicas estão equipadas no litoral do Nordeste e no interior da Bahia, onde as chuvas não param por quase metade do ano. A partir de agora, os projetos terão que se adaptar às mudanças climáticas .

A expectativa do BTG é positiva devido a uma mudança no curso na remuneração da geração. O preço de venda mudará ao longo do dia e do ano para refletir a sazonalidade das hidrelétricas e a curva de demanda diária. Portanto, as plantas que podem aproveitar o vento durante o horário de maior consumo serão mais caras. Isso inclui, segundo o relatório, o nordeste da Bahia e o sudeste do Piauí, bem como novos locais, como o norte de Roraima e o leste do Paraná.

Autor: Revista Planeta
Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/geracao-eolica

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Países que Utilizam Energia Solar.

1. China
O país asiático tem a maior capacidade instalada de produção de energia solar do mundo, com uma capacidade de 130 gigawatts. Para comparar, a capacidade do Brasil hoje é de aproximadamente 2 gigawatts.  A China tem muitas fazendas solares gigantescas, como a do deserto de Tengger, que produz 1.500 megawatts, e a de Longyanxia, ​​no Planalto do Tibete, que produz 850 megawatts.

A China tem uma indústria bastante desenvolvida que fabrica equipamentos para sistemas fotovoltaicos, além da capacidade de geração. Mais de 60% dos painéis fotovoltaicos globais são fabricados na nação, de acordo com um levantamento realizado pela Agência Internacional de Energia (IEA).

2. Japão
O Japão possui a segunda maior capacidade instalada do mundo. Após o terremoto e o tsunami de 2011, que destruíram a usina nuclear de Fukushima, o país passou a apostar na geração solar. Após esse evento, os reatores nucleares foram desativados e várias usinas geradoras foram instaladas no Cinturão Solar do Leste.

Em 2016, o Japão conseguiu aumentar a sua capacidade em 8.600 megawatts graças às novas instalações. Segundo dados de 2016, o país tinha 42.800 megawatts de capacidade total. Com 900 mil painéis fotovoltaicos instalados em uma área de 265 hectares, a maior usina geradora do país foi inaugurada em novembro de 2018.

3. Alemanha
A Alemanha tem capacidade de produção de 41.200 megawatts, ou 13,6% da produção global, apesar de não ser um país privilegiado em termos de insolação, como o Brasil. O governo alemão pretende obter toda a sua energia até 2050 de fontes renováveis. Além disso, as tarifas de energia limpa foram subsidiadas para estimular o desenvolvimento.

4. Estados Unidos
O país tem mais de 40 mil megawatts de capacidade instalada, representando mais de 13% da geração mundial de energia solar. A capacidade do setor fotovoltaico continua a aumentar, apesar da falta de incentivo do governo atual dos EUA à energia renovável.

Existem muitos exemplos de estímulo. O estado da Califórnia, que é o mais promotor dessa fonte de energia, está analisando um projeto de lei que exigia a instalação de sistemas fotovoltaicos em todas as novas edificações. Em fevereiro de 2019, a cidade de Washington assinou uma lei que obriga a geração de eletricidade apenas com fontes renováveis ​​até 2032.

5. Itália
Em quinto lugar, a capacidade instalada da Itália é de 19.330 megawatts, mais de 6% da produção global. O país se destaca na fabricação de drones movidos a energia solar, que são usados ​​em casas, empresas e muito mais.

Em 2018, a empresa italiana Enel, que tem grande experiência no setor solar, adquiriu 73% das ações da Eletropaulo. A empresa, que gerencia a geração, transmissão e distribuição de energia no Brasil, tem capacidade de instalar 819 megawatts de energia solar em todo o país. Seu acesso ao mercado nacional poderá aumentar o crescimento do setor.

Acompanhe a situação da energia solar no Brasil.

Ainda assim, essa fonte de energia representa apenas 0,8% do consumo nacional total de energia. Hidroelétricas e usinas térmicas são as principais fontes de energia para o país.

O programa Renovabio, que visa promover o uso de fontes renováveis ​​e alternativas de energia, é uma das iniciativas governamentais que devem promover a expansão do setor.  Além disso, o mercado também será alavancado por mais linhas de financiamento e programas de incentivo direcionados a agricultores e consumidores residenciais.

Autor: ALDO
Fonte: https://blog.aldo.com.br/

Os dados da Aneel indicam um aumento rápido na geração distribuída.

De acordo com os dados divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil está monitorando um aumento rápido na adoção da geração distribuída.  As instalações de geração distribuída de energia aumentaram 140% em 2018, passando de 22.183 em 2017 para 53.345 em 2018. Em janeiro de 2019, o número total de instalações adicionais aumentou para 55.180.

Até 31 de janeiro, 75.386 unidades de consumo eram elegíveis para receber créditos das instalações de geração distribuídas. Isso deve ao fato de que uma instalação tem a capacidade de gerar créditos para diversas unidades consumidoras no Sistema de Compensação de Energia Elétrica . No Brasil, um GD instalou 676.298,25 kWh.


A geração distribuída está especializada nas regiões mais direcionadas do sul, sudeste e sudeste do país. Minas Gerais tem o maior número de instalações, seguidas por São Paulo e Rio Grande do Sul.

Entenda a geração distribuída

Em 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) criou padrões para a regulação do acesso às redes de distribuição pela micro e minigeração, também conhecida como geração distribuída. Esse processo ocorreu na publicação da Resolução no 482 de 2012. A resolução começou com o “prazo de validade” estabelecido pela Aneel, que criou condições altamente desenvolvidas para superar as imperfeições do mercado, como custos e incertezas relacionadas à nova tecnologia.

As normas de 2012 foram essenciais para dar o "empurrão inicial" e fornecer regras muito complexas aos usuários que investiram na GD.  Como resultado, a Consulta Pública da Aneel nº 10/2018 marcou o início da revisão, que foi programada para 2019.

Fonte: http://energiasemprecomvoce.com.br

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Seminário intitulado "O Futuro da Matriz Veicular no Brasil"

O seminário "O Futuro da Matriz Veicular no Brasil", organizado pela ANP no Rio de Janeiro, foi encerrado hoje pelo Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O encontro que começou ontem (20/2) reuniu especialistas para discutir como a eletricidade e os biocombustíveis podem funcionar juntos para fornecer energia aos carros no Brasil.

Em seu discurso, ele destacou a possibilidade de o Brasil ter o modelo de veículo híbrido flex que usa etanol hidratado em breve. O ministro enfatizou: "Teremos em circulação o meio automotivo mais limpo do mundo, pois ele emite um terço das descargas de CO2 dos veículos elétricos europeus."

O ministro lembrou que outras iniciativas, como o Renovabio, visam fornecer uma matriz nacional de combustíveis mais limpas, aumentando a participação dos biocombustíveis, proporcionando previsibilidade ao mercado e direcionando investimentos para aumentar a produção.

Autor: Ministério de Minas e Energia
Fonte:  http://www.mme.gov.br/web/guest

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Produção de Energia Solar na USP

O Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP iniciou um trabalho na construção de uma usina fotovoltaica no campus da Cidade Universitária, no Butantã, em São Paulo, em maio de 2012. A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) e a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) fornecem financiamento para os projetos. Além disso, a Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (Fusp) e a Prefeitura do Campus da Capital (PUSP) fornecem apoio.

Os sistemas de energia solar da USP em São Paulo geram 540 kW de potência combinada, fornecendo 1% da energia elétrica do campus. A energia gerada é tocada na rede subterrânea, onde toda a Cidade Universitária pode usá-la.

A USP consumiu quase 80 mil megawatts-hora (MWh) em 2017. O custo total de todos os campi e centros culturais e científicos é de trinta milhões de reais. Com o 1% da energia gerada pelas usinas solares, a economia pode chegar a R$ 305 mil.

Fonte:  Matheus Souza   Jornal da USP