A respiração nas células vegetais é semelhante à respiração nas células animais, mas com algumas diferenças importantes. Nas células vegetais, a respiração ocorre principalmente nas mitocôndrias e envolve várias etapas para liberar energia a partir da glicose.
Glicólise: A primeira etapa ocorre no citoplasma e é semelhante à glicólise nas células animais, onde a glicose é quebrada em piruvato, produzindo um pouco de ATP e NADH.
Ciclo de Krebs (ou ciclo do ácido cítrico): O piruvato produzido na glicólise é transportado para as mitocôndrias, onde entra no ciclo de Krebs. Neste ciclo, ocorrem várias reações que produzem NADH e FADH2, que transportam elétrons para a cadeia de transporte de elétrons.
Cadeia de Transporte de Elétrons: Os NADH e FADH2 produzidos no ciclo de Krebs transportam elétrons ao longo da cadeia de transporte de elétrons na membrana mitocondrial interna. Este transporte de elétrons gera um gradiente de prótons através da membrana.
Fosforilação Oxidativa: O gradiente de prótons gerado na cadeia de transporte de elétrons é usado para sintetizar ATP a partir de ADP e fosfato inorgânico, através da enzima ATP sintase.
Ciclo do Ácido Cítrico: O ácido cítrico é regenerado para iniciar o ciclo novamente.
A principal diferença entre a respiração nas células vegetais e animais está na última etapa, a fotossíntese, que ocorre apenas nas células vegetais. Durante a fotossíntese, as plantas usam a luz solar para converter dióxido de carbono e água em glicose e oxigênio. Essa glicose produzida é então usada na respiração para gerar energia.
Estomatos
Os estômatos são estruturas encontradas nas folhas das plantas, especialmente nas camadas epidérmicas. Eles desempenham um papel importante na regulação da troca gasosa e da transpiração.
Estrutura: Os estômatos são compostos por duas células-guarda que envolvem uma abertura chamada de poro estomático. As células-guarda podem inchar ou murchar, alterando assim a abertura do poro estomático.
Função: Os estômatos permitem que as plantas realizem a troca gasosa, permitindo a entrada de dióxido de carbono (CO2) para a fotossíntese e a liberação de oxigênio (O2) e vapor d'água (através da transpiração). Eles também desempenham um papel na regulação da perda de água pela planta.
Abertura e Fechamento: Os estômatos abrem e fecham em resposta a vários estímulos, incluindo a luz, a disponibilidade de água e o dióxido de carbono. Durante o dia, quando a luz é abundante, os estômatos abrem para permitir a entrada de CO2 para a fotossíntese. À noite, os estômatos fecham para conservar água e evitar a perda excessiva de água pela transpiração.
Regulação: A abertura e o fechamento dos estômatos são regulados principalmente pela concentração de íons potássio (K+) dentro das células-guarda. Quando as células-guarda acumulam íons potássio, elas se tornam túrgidas e os estômatos abrem. Quando perdem íons potássio, as células-guarda murcham e os estômatos fecham.
Os estômatos são cruciais para a sobrevivência das plantas, pois permitem a entrada de CO2 essencial para a fotossíntese, ao mesmo tempo em que controlam a perda de água pela transpiração.