terça-feira, 22 de outubro de 2013

LIXO


1.      Conceito

A palavra lixo é derivada do termo em latim lix que significa a) "cinzas" de uma época em que a maior parte dos resíduos de cozinha era formada por cinzas e restos de lenha carbonizada dos fornos e fogões; e também b) lixare (polir, desbastar) onde lixo seria então a sujeira, os restos, o supérfluo que a lixa arranca dos materiais.  No dicionário, ela é definida como sujeira, imundice, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor. Lixo, na linguagem técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e é representado por materiais descartados pelas atividades humanas.
Desde os tempos mais remotos até meados do século XVIII, quando surgiram as primeiras indústrias na Europa, o lixo era produzido em pequena quantidade e constituído essencialmente de sobras de alimentos.
A partir da Revolução Industrial, as fábricas começaram a produzir objetos de consumo em larga escala e a introduzir novas embalagens no mercado, aumentando consideravelmente o volume e a diversidade de resíduos gerados nas áreas urbanas. O homem passou a viver então a era dos descartáveis em que a maior parte dos produtos — desde guardanapos de papel e latas de refrigerante, até computadores — são inutilizados e jogados fora com enorme rapidez.
Ao mesmo tempo, o crescimento acelerado das metrópoles fez com que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem escassas. A sujeira acumulada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas e piorou as condições de saúde das populações em todo o mundo, especialmente nas regiões menos desenvolvidas. Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos recolhidos nos centros urbanos é simplesmente jogada sem qualquer cuidado em depósitos existentes nas periferias das cidades.


2.1 Lixo Urbano

Formado por resíduos sólidos em áreas urbanas, inclua-se aos resíduos domésticos, os efluentes industriais domiciliares (pequenas indústria de fundo de quintal) e resíduos comerciais.
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2.2 Lixo Domiciliar

Formado pelos resíduos sólidos de atividades residenciais, contém muita quantidade de matéria orgânica, plástico, lata, vidro.

2.3 Lixo Comercial

Formado pelos resíduos sólidos das áreas comerciais composto por matéria orgânica, papéis, plástico de vários grupos.

2.4 Lixo Público

Formado por resíduos sólidos produto de limpeza pública (areia, papéis, folhagem, poda de árvores).

2.5 Lixo Especial

Formado por resíduos geralmente industriais, merece tratamento, manipulação e transporte especial, são eles, pilhas, baterias, embalagens de agrotóxicos, embalagens de combustíveis, de remédios ou venenos.

2.6 Lixo Industrial

Nem todos os resíduos produzidos por indústria, podem ser designados como lixo industrial. Algumas indústrias do meio urbano produzem resíduos semelhantes ao doméstico, exemplo disto são as padarias; os demais poderão ser enquadrados em lixo especial e ter o mesmo destino.

2. 7 Lixo De Serviço De Saúde (Rsss)

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Os serviços hospitalares, ambulatórias, farmácias, são geradores dos mais variados tipos de resíduos sépticos, resultados de curativos, aplicação de medicamentos que em contato com o meio ambiente ou misturado ao lixo doméstico poderão ser patógenos ou vetores de doenças, devem ser destinados a incineração.                                                                          
2.8 Lixo Radioativo

Produto resultante da queima do combustível nuclear, composto de urânio enriquecido com isótopo atômico 235. A elevada radioatividade constitui um grave perigo à saúde da população, por isso deve ser enterrado em local próprio, inacessível.

2.9 Lixo Espacial

Restos provenientes dos objetos lançados pelo homem no espaço, que circulam ao redor da Terra com a velocidade de cerca de 28 mil quilômetros por hora. São estágios completos de foguetes, satélites desativados, tanques de combustível e fragmentos de aparelhos que explodiram normalmente por acidente ou foram destruídos pela ação das armas anti-satélites.

2.      Destinação do Lixo

Muito se tem discutido sobre as melhores formas de tratar e eliminar o lixo – industrial, comercial, doméstico, hospitalar, nuclear etc. – gerado pelo estilo de vida da sociedade contemporânea. Todos concordam, no entanto, que o lixo é o espelho fiel da sociedade, sempre tão mais geradora de lixo quanto mais rica e consumista. Qualquer tentativa de reduzir a quantidade de lixo ou alterar sua composição pressupõe mudanças no comportamento social.
Todo esse lixo gerado tem um destino, ou seja: 76% do lixo coletado no país fica a céu aberto, ou seja, 182400 toneladas que é coletado por dia. O restante vai para aterros (controlados, 13%; ou sanitários, 10%), usinas de compostagem (0,9%), incineradores (0,1%) e uma insignificante parte é recuperada em centrais de reciclagem.
Estima-se que o Brasil perca, por ano, R$ 4,6 bilhões (cálculo de 1996) no mínimo, ao não reaproveitar o lixo que produz. 40% dos municípios não recebem nenhum serviço de coleta de lixo. 40 mil toneladas de lixo ficam sem coleta diariamente. A coleta seletiva é praticada em pouco mais de 80 municípios brasileiros, basicamente nas regiões Sul e Sudeste do país.


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3.      Impactos ao Meio Ambiente


4.1 - Poluição do Solo

Alterando suas características físico-químicas, representará uma séria ameaça à saúde pública tornando-se ambiente propício ao desenvolvimento de transmissores de doenças, além do visual degradante associado aos montes de lixo.

4.2  - Poluição da Água

Alterando as características do ambiente aquático, através da percolação do líquido gerado pela decomposição da matéria orgânica presente no lixo, associado com as águas pluviais e nascentes existentes nos locais de descarga dos resíduos.

4.3  Poluição do Ar

Provocando formação de gases naturais na massa de lixo, pela decomposição dos resíduos com e sem a presença de oxigênio no meio, originando riscos de migração de gás, explosões e até de doenças respiratórias, se em contato direto com os mesmos.

4.      Tratamento do Lixo

A destinação final e o tratamento do lixo podem ser realizados através dos seguintes métodos:
·         Aterros sanitários (disposição no solo de resíduos domiciliares);
·         Reciclagem energética (incineração ou queima de resíduos perigosos, com  reaproveitamento e transformação da energia gerada);
·         Reciclagem orgânica (compostagem da matéria orgânica);
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Reciclagem industrial (reaproveitamento e transformação dos materiais
  recicláveis);                                                                                                            

·         Esterilização a vapor e desinfecção por microondas (tratamento dos resíduos
  patogênicos, sépticos, hospitalares).

5.      Gestão Integrada de Resíduos

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é a maneira de conceber, implementar e administrar  sistemas de Limpeza Pública considerando uma ampla participação dos setores da sociedade com a perspectiva do desenvolvimento sustentável. A sustentabilidade do desenvolvimento é vista de forma abrangente, envolvendo as dimensões ambientais, sociais, culturais, econômicas, políticas e institucionais. Isso significa articular políticas e programas de vários setores da administração e vários níveis de governo, envolver o legislativo e a comunidade local, buscar garantir os recursos e a continuidade das ações, identificar tecnologias e soluções adequadas à realidade local.
Especificamente com relação aos resíduos sólidos, as metas são reduzir ao mínimo sua geração, aumentar ao máximo a reutilização e reciclagem do que foi gerado, promover o depósito e tratamento ambientalmente saudável dos rejeitos e universalizar prestação dos serviços, estendendo-os a toda a população.
            Para o seu sucesso a gestão precisa ter variedades de metodologias/tecnologias para os materiais, participação da sociedade e inclusão dos catadores.

Descrição: espinha_peixe residuos.jpg






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6.      Conclusão


O lixo é todo resíduo sólido proveniente de atividades humanas ou mesmo de processos naturais (poeira, folhas e ramos mortos, cadáveres de animais). O lixo urbano é um dos maiores problemas ambientais da atualidade, pois os moldes de consumo adotados pela maioria das sociedades modernas provocam o aumento contínuo e exagerado na quantidade de lixo produzido.
O lixo pode ser classificado em: urbano, domiciliar, comercial, público, especial, industrial, de serviço de saúde (RSSS) , radioativo e  especial.
O lixo produzido causa sérios danos ao meio ambiente, poluindo o solo, a água e ar.
O tratamento e destinação final do lixo podem ser realizados utilizando os métodos: aterros sanitários, reciclagem energética, reciclagem orgânica, reciclagem industrial e esterilização a vapor e desinfecção por microondas.
A Gestão Integrada de Resíduos Sólidos visa o desenvolvimento sustentável através de ampla participação dos setores da sociedade, abrangendo dimensões ambientais, sociais, culturais, econômicas, políticas e institucionais. 

domingo, 9 de dezembro de 2012

Mais fotos de Barra Grande, Maragogi-AL


Essas fotos são uma continuação da publicação abaixo, sobre a destruição das casas na orla da praia de Barra Grande no município de Maragogi-AL, elas foram tiradas em novembro/2012.






Casa totalmente destruída pelo mar. (imagem 01 de 09)

Casa totalmente destruída pelo mar. (imagem 02 de 09)

Casa totalmente destruída pelo mar. (imagem 03 de 09)

Casa totalmente destruída pelo mar. (imagem 04 de 09) 

Casa totalmente destruída pelo mar. (imagem 05 de 09) 

Casa totalmente destruída pelo mar. (imagem 06 de 09) 

Casa totalmente destruída pelo mar. (imagem 07 de 09)

Casa totalmente destruída pelo mar. (imagem 08 de 09)

Casa totalmente destruída pelo mar. (imagem 09 de 09)



Evidencias do Avanço do Mar em Maragogi-AL

As casas construídas muito próximas ao mar são as mais afetadas pelo aumento do nível dos oceanos.

Em Barra Grande no município de Maragogi-AL muitas propriedades foram ou estão na iminência de suas estruturas serem afetas pelo avanço do mar.

As fotos abaixo são um registro de uma disputa entre o homem e o mar. (fotos tiradas em novembro/2012)

Manilhas cheias de concretos são utilizadas como base para construções na areia  da praia

coqueiro destruído pelo mar. 1

Muro destruído pelo mar. 2

Muro destruído pelo mar. 3
Manilhas cheias de concretos são utilizadas como base para construções na areia  da praia.
Manilhas cheias de concretos são utilizadas como base para construções na areia  da praia.

Muro destruído pelo mar. 3




Reutilização da água

A água é essencial para o turismo, ou seja, sem água não tem turismo. A capacidade de abastecimento instalada  no município de São José da Coroa Grande é insuficintepara atender a população local e flutuante, turistas, a falta de água é sentida nos fins de semana, feriadões e principalmente no verão, acrescente também a espansão imobiliária que passa a cidade.

São José precisa desenvolver uma "gestão ambiental" onde seja contemplada a atividade turistica. O crescimento desejado da cidade precisa ser direcionado aos olhos da gestão ambiental, por exemplo, o saneamento básico: abastecimento de água, coleta de lixo e tratamento de efluentes.

Caso persista essa situação: crescimento sem planejamento,  a cidade poderá perder a preferência entre os turistas e consequentemente sofre os impactos economicos disso.

Para os atuais moradores a reutilização da água é uma alternativa viável e barata, abaixo segue um video bem interessante sobre o assunto.


sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A água e o turismo em São José da Coroa Grande.


Na atividade turística a água é um dos recursos naturais mais importantes, enquanto elemento básico de inúmeros atrativos, como insumo indispensável. Para o litoral sul de Pernambuco ela é de vital importância.
Em São José da Coroa Grande-PE, a COMPESA não tem estrutura suficiente para atender toda a população residente, a água pode chegar nas torneiras pela manhã, tarde ou noite, o morador precisa ficar alerta para sua chegada.
Com a chegada do verão e o aumento da população flutuante, turistas, o consumo aumenta e consequentemente afeta o já irregular sistema de abastecimento. Para a população residente o verão não é sinônimo apenas de lucros, advindos da atividade turística, mas a época dos racionamentos, segundo Euhofa et al. 2001, “os turistas usam dez vezes mais água nas suas atividades diárias do que os habitantes locais”.
No município de São José da Coroa Grande é comum no verão ficar dias sem o abastecimento de água, e quando chega é por pouco tempo.
Além do aumento do consumo, deve-se levar em consideração também o desperdício de água, ele serve para agravar o já combalido abastecimento de água.
Empresas, condomínios e moradores com poder aquisitivo investem na exploração subterrânea da água, cisternas e caixas d’águas, mas a população pobre do município apenas fica a margem disso, restando apenas aguardar a sua chegada.
O aumento na capacidade de abastecimento no município não será suficiente para resolver o problema, a população residente e flutuante terá de mudar hábitos que contribuem para o desperdício.

A sustentabilidade no consumo de água não é uma opção, mas uma necessidade que deve ser almejada, caso nada seja feito  a população de São José da Coroa Grande continuará  no verão passando por racionamentos.

Procedimentos necessários:  
  • Levantamento da população residente e flutuante do município para planejamento do investimento em ampliação no sistema de abastecimento;
  • Levantar a capacidade de abastecimento da COMPESA, é necessário saber o quanto de água tratada pode ser oferecida a população, dessa forma poderá gerir melhor o sistema;
  • Identificar onde acontecem perdas da água tratada, não adianta ampliação do sistema de abastecimento se houve perdas na distribuição dela;
  • Identificar as ligações clandestinas, pois o abastecimento de água precisa gerar lucros para a empresa;
  • Campanhas para conscientização sobre o desperdício junto a população;
  • Orientação junto a hotéis, pousadas, restaurantes, ou seja, a indústria turística para adotar medidas que evitem o desperdício.
  • Analisar a possibilidade de reuso das águas cinza, neste caso seria de grande passo para a sustentabilidade a reciclagem da água cinza para atividades de limpeza, descarga do banheiro, etc.
  • Analise a possibilidade da utilização da água da chuva, a indústria turística poderia construí cisternas para armazenamento da água da chuva e sua utilização em limpeza, lavagem roupa, carro, descarga do banheiro, etc.
  • Preservação dos mananciais de água do município, pois a degradação desse meio ambiente pode levar inutilização dos mesmos.
  • Investimentos em coleta e tratamento de efluentes, esgotos, pois os mesmo jogados in natura em rios ou córregos impossibilita a utilização deles no sistema de abastecimento e tratamento de água.

Autor: Sergio Roberto Assis dos Santos
e-mail: sergioras@yahoo.com.br



Foto tirada em uma das residências de São José da Coroa Grande, nela é possível ver a  água bem fraca na torneira enchendo um balde após dias sem água.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Avanço do mar


O avanço do mar tem causado muitos prejuízos, desvalorizando imóveis e pondo fim ao sonho de morar a beira mar.

Os moradores passaram a conviver com a destruição causada pelas águas, mas até quando eles resistiram, pois o mar reclama mais terreno, e nessa disputa o homem já sai perdendo.

Em São José da Coroa Grande várias casas estão com a placa de vende-se, mas não encontram compradores, pois ninguém quer investir seu dinheiro e vê-lo desmoronar literalmente com o avanço do mar.




Destruição na orla da praia de São José da Coroa Grande-PE. causada pelo mar.



Destruição na orla da praia de São José da Coroa Grande-PE. causada pelo mar.

 
 Destruição na praia de Barra Grande-Maragogi-AL.



Destruição na praia de Barra Grande-Maragogi-AL.

  
 Destruição na praia de Barra Grande-Maragogi-AL.

 
 Destruição na praia de Barra Grande-Maragogi-AL.

 Casa resistindo ao avanço do mar em São José da Coroa Grande-PE, é possível observar o quanto o mar avançou, pois ao lado da casa não existia água, mas agora a casa resisti  apenas com a proteção de pedras. Fica fica a pergunta até quando ela irá resistir?

domingo, 30 de outubro de 2011

Saneamento e o turismo


        O saneamento básico é um dos principais problemas para o desenvolvimento do turismo no litoral, dificuldade no abastecimento de água, coleta e destinação do lixo e o esgoto gerado  parece não ter solução.
        O tema parece não receber a devida importância, considerando a percentagem que o setor de serviços tem no PIB desses municípios. 
                                                           Praia de  Maragogi-AL

      No município de Maragogi-A, as galerias de esgoto vão dar no mar,  na foto acima isso é bem evidente, além do mal cheiro existe o risco de saúde para o turista que procura suas praias. 

      Saneamento Básico e Turismo devem andar de mãos dadas.  Se o poder público municipal não der a devida importância o problema continuará a existir.